A arte humana de se reinventar

A arte humana de se reinventar

Já é sabido que uma das nossas maiores habilidades como espécie humana é a adaptação. Prosperamos em ambientes que não facilitam a nossa existência. Conseguimos transformar objetos da natureza em artefatos para a nossa sobrevivência. Porque está marcado em nosso DNA a adaptação para sobrevivência da espécie.

Nos evoluímos enquanto sociedade, as necessidades de adaptação para sobrevivência foram cada vez mais alcançadas, nos dando até um certo conforto de existência básica. E outras necessidades de adaptação foram surgindo. Novos papeis nessa organização de pessoas, novas faltas, novas sobras.

Imagem de Victoria por Pixabay

Seguimos do modo sobrevivência ambiental para uma sobrevivência social. E nos adaptamos a ela. Nos adaptamos ao nosso contexto social, nos limitando a um universo pequeno. Isso é treinado em nós desde o nascimento. Nossos pais nos fornecem um ambiente onde precisamos nos adaptar para “sobreviver”. Se esse ambiente é mais ou menos desafiador depende muitas vezes do quanto os nossos pais tiveram também que se adaptar em suas histórias.

Essa habilidade trazida em nosso DNA e espelhado para um contexto social pode ser mais evidente em certos indivíduos. Mas na maioria das vezes quando em nosso caminho é exigido uma adaptação, seja a perca de um emprego ou uma oferta repentina de um novo emprego, o fim de um relacionamento ou o começo de um, a morte de um ente querido ou até uma pandemia. Nós rapidamente construímos e reorganizamos o nosso mundo para sobreviver a nova situação da vida.

Acredito que parte dessa adaptação está conectada ao lado racional de sobrevivência e manutenção de comportamentos necessários. E acredito também que está conectado com nosso lado criativo de usar todos os nossos recursos para essa adaptação.

Conseguimos ver possibilidades em meio ao caos, conseguimos reconstruir frente ao desconhecido. Algo em nós quer seguir em frente, algo em nós quer continuar.

Não é minha intenção fazer qualquer reflexão sobre o positivismo tóxico, até porque para nos adaptarmos existe todo um processo psicológico complexo. Minha intenção é refletir sobre essa energia humana que garante a nossa existência. E o quanto é importante utilizarmos dessa energia para lidar com o extraordinário da vida. Uma vez que entendemos que a adaptação está em nós de forma biológica e subjetiva temos condições de utilizá-la ao nosso favor.

Inclusive, traduzimos essa habilidade em ditados “Se não da de um jeito, tenta de outro” “Se a vida te der limões, faca uma limonada” “Continue a nadar” (essa última foi para os fãs da Disney).

Imagem de Enoch111 por Pixabay

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